Brasil foi o 5º maior produtor de energia solar em 2021
29/06/2022 às 11h:07min
Um dos elementos que contribuíram com a expansão rápida da energia solar e eólica na última década foi a queda nos custos de tecnologias para sua instalação

Em 2021 o Brasil se tornou o quinto maior produtor de energia solar do Mundo, de acordo com os dados do relatório REN21, terminando o ano com cerca de 13 gigawatts, havendo uma adição de 5,5 gigawatts em relação ao ano anterior. As novas adições foram puxadas principalmente pela geração distribuída (4 gigawatts), que ocorre quando os painéis fotovoltaicos são instalados no local em que a energia será consumida. O maior responsável pelas contratações foi o setor residencial, com 77,4%. 

O aumento geral do preço da eletricidade que decorreu da crise hídrica impactou a capacidade hidrelétrica do país, o que fez com que a energia solar fosse -e siga sendo- impulsionada.

De acordo com o relatório, apesar da lenta recuperação dos países da América Latina após o pico da pandemia de coronavírus, os indíces de captação de energia solar fotovoltaica cresceram em toda a região do continente, não apenas no Brasil. Atrás do Brasil (5,5 gigawatts) no desempenho em capacidade recém instalada estão o México (1,8 gigawatts), Chile (1,3 gigawatts) e Argentina (0,2 gigawatts).

Outro segmento que teve expansão em 2021 foi o éolico, onde o Brasil está atrás apenas de China e Estados Unidos.

O relatório apontou que "A queda no custo das tecnologias para instalação de projetos solar e eólicos foi um dos elementos que contribuíram para sua rápida expansão na última década e marcaram, inclusive, a resiliência do setor durante a pandemia. Em 2021, entretanto, os preços de componentes-chave para a fabricação de módulos solares fotovoltaicos e turbinas eólicas dispararam devido, principalmente, ao aumento no custo do transporte, à escassez de mão-de-obra e a atrasos na cadeia de fornecimento".

Mesmo com o crescimento, o relatório nos lembra que o nível das adições de energias renováveis ainda não está alto o suficiente para atingir a meta do Acordo de Paris que tem o objetivo de manter o aquecimento global abaixo de 1,5C. Rana Adib, Diretora Executiva da REN2 disse que "As energias renováveis são as melhores e mais acessíveis soluções para enfrentar as flutuações dos preços da energia. Devemos aumentar a participação das energias renováveis e fazê-las uma prioridade da política econômica e industrial". 

O relatório também aposta que o crescimento energético está ligado cada vez mais à segurança energética, e por isso, tende a crescer cada vez mais.

Fonte: REN21

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