O Brasil ultrapassa a marca histórica de 9 gigawatts
10/06/2021 às 14h:11min
O setor pode trazer mais de R$ 139 bilhões em investimentos e gerar mais de 1 milhão de novos empregos ao País.

Novo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) aponta que o Brasil acaba de ultrapassar a marca histórica de 9 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar em usinas de grande porte e pequenos e médios sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos. Desde 2012, a fonte já trouxe mais de R$ 46 bilhões em novos investimentos ao País e gerou mais de 270 mil empregos acumulados.

No segmento de geração centralizada, o Brasil possui 3,3 GW de potência instalada em usinas solares fotovoltaicas, o equivalente a 1,9% da matriz elétrica do País. Em 2019, a fonte foi a mais competitiva entre as fontes renováveis nos dois Leilões de Energia Nova, A-4 e A-6, com preços-médios abaixo dos US$ 21,00/MWh.

Atualmente, as usinas solares de grande porte são a sétima maior fonte de geração do Brasil, com empreendimentos em operação em nove estados brasileiros, nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins). Os investimentos acumulados deste segmento ultrapassam os R$ 18 bilhões.

No segmento de geração própria de energia, são 5,7 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a mais de R$ 28 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9% de todas as conexões de geração própria no País, liderando com folga o segmento.

Segundo a entidade, a criação de um marco legal para a geração própria de energia, conforme proposto no Projeto de Lei nº 5.829/2019, de autoria do deputado federal Silas Câmara e relatoria do deputado federal Lafayette de Andrada, em curso na Câmara do Deputados, é prioridade no cenário atual. O marco legal irá fortalecer o desenvolvimento socioeconômico e sustentável no período de pandemia.

Para o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, o crescimento das energias renováveis fortalecerá a diversidade e segurança de suprimento elétrico do Brasil, aliviando a pressão sobre os recursos hídricos, cada vez mais escassos e valiosos, bem como reduzindo o uso de termelétricas fósseis, caras, poluentes e responsáveis pelas terríveis bandeiras vermelhas na conta de luz dos brasileiros.

Fonte: ABSOLAR

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